A importância da perceção dos limites da liberdade em crianças e jovens

A importância da perceção dos limites da liberdade em crianças e jovens

“A minha liberdade termina onde começa a dos outros.” Esta é talvez uma das frases mais importantes que podemos ensinar aos nossos filhos!

Se, para nós adultos, pode ser difícil assimilar esta frase, para as crianças e jovens, mais ainda.

Estabelecer limites para a liberdade dos mais pequenos pode ser uma árdua tarefa. E, este é um dos principais desafios para os pais, essencialmente quando a educação é feita através da parentalidade positiva. .

Prepare-se: as crianças gostam de desafiar, e nem sempre será fácil manter a calma. Na verdade, vai perder a calma muitas vezes.

Pense nas crianças e jovens como uma espécie de diamante em bruto. A sua educação irá ter um grande peso nos adultos em que se irão transformar um dia.

Dar limites a um ser em formação (que tem tendência a desafia-lo até ao limite) é dos maiores desafios que podem existir.

Além disso, fazê-los entender conceitos tão complexos como liberdade, limites e respeito não será tarefa fácil.

A noção de limites da liberdade vai dar segurança às crianças e jovens. Todos nós precisamos de ter “balizas”, saber até onde podemos ir. E a família tem de estar lá para definir esses limites. m

Com os mais pequenos, não é diferente. É até mais importante. Só com noção de limites será possível eles crescerem de forma saudável, respeitarem o próximo e respeitarem-se a si próprios.

Liberdade: 7 forma de estabelecer limites nos mais jovens

A criação de rotinas é uma das primeiras formas que as crianças conhecem de limites à liberdade.

Ter horas para comer, para dormir, para fazer os trabalhos de casa no centro de estudos e brincar. Tudo isto é fundamental para que a criança cresça de uma forma saudável, sabendo até onde pode ir, e que limites não pode ultrapassar.

Crianças e jovens com uma boa perceção de limites, serão adultos mais organizados mentalmente, mais estruturados, mais respeitadores e mais felizes!

Assim sendo, nada como começar desde a primeira infância a estabelecer regras. De seguida mostramos-lhe 7 dicas para conseguir educar o seu filho sem que ele o leve à loucura.

1 – Seja consistente

A consistência é fundamental. Prepare-se para dizer uma coisa hoje, repeti-la amanhã, depois de amanhã e por aí fora. Tente evitar o “já te disse não sei quantas vezes que…”

Vai ter vontade de desistir, muitas vezes! Mas mantenha o foco.

E, evite ao máximo dizer algo diferente do que disse a primeira vez! Eles vão lembrar-se (principalmente se for ao encontro do que eles realmente querem fazer).

2 – Seja seguro no que diz

Além da consistência, a segurança com que comunica fará toda a diferença. Nada escapa aos mais novos.

Por exemplo, o tom de voz, contacto visual, os gestos… enfim, a maneira como comunica é muito importante. Não pode estar a colocar o seu filho de castigo enquanto se ri imenso! A mensagem que irá passar será contraditória.

3 – Não avise mais que uma vez

Se avisarmos a criança várias vezes, esta atitude vai perder força, uma vez que nada acontece se ela não responder.

Aliás, acontece: voltamos a repetir o aviso, e continua tudo na mesma.

4 – Evite o suborno

Por exemplo, oferecer um doce se a criança fizer os trabalhos de casa, vai habituá-la mal.

Além disso, a fasquia vai sempre aumentando, pois ela irá esperar sempre melhores recompensas para cumprir as suas obrigações, e este não é um bom hábito a implementar.

5 – Não faça ameaças

Tentar atingir determinado objetivo através de uma ameaça, de algo negativo, não é uma boa forma de conseguir o que quer.

Preferencialmente deve usar sempre um reforço positivo.

6 – Evite as punições

A probabilidade de os mais pequenos desenvolverem sentimentos de irritação ou ressentimento, na sequência de uma punição, é grande.

Assim, nada melhor que evitar ao máximo punições que na maior parte das vezes não vão surtir o efeito desejado!

7 – Passe tempo com o seu filho

Quanto mais tempo de qualidade passar com ele, maiores serão os vossos laços e melhor se irão conhecer. Isto irá facilitar a gestão dos limites à liberdade, e será mais fácil implementar as suas regras.

Não há, obviamente garantias de que, se cumprir tudo isto, o seu filho irá obedecer-lhe e ter perceção dos seus próprios limites.

Há muitas variáveis, cada criança e jovem tem a sua personalidade, tal como cada pai.

Além do mais, será difícil lembrar-se de aplicar tudo isto ao mesmo tempo, e manter a consistência.

Lembre-se que nada se faz de um dia para o outro, esta é uma construção constante. Há coisas que irão funcionar melhor que outras e, eventualmente, irão surgir novas ideias.

Os filhos não trazem manual de instruções, mas os pais também não. Por isso, seja paciente consigo.

E lembre-se: muito amor, paciência e respeito, ajudam sempre!