Porque devem os nossos filhos ter uma orientação vocacional

Porque devem os nossos filhos ter uma orientação vocacional

Uma pergunta muito comum que os adultos costumam fazer às crianças é “o que queres ser quando fores grande?”. As respostas mais comuns passam por: jogador de futebol, bailarina, médico… E, estas respostas, anos mais tarde mudam… mas, a maior parte não tem um acompanhamento vocacional que as ajude a fazer a escolha adequada.

É claro que na infância as crianças não têm maturidade para tomar uma decisão definitiva. Mas, a verdade é que podem apresentar afinidades que serão determinantes na escolha da profissão a seguir.

O fato é que chegada a fase em que se deve decidir qual o caminho profissional seguir, os jovens muitas vezes sentem-se perdidos e pressionados para tomar essa decisão.

Muitos fatores devem ser considerados neste momento para que eles se sintam seguros da sua escolha. E, o apoio dos pais é fundamental. E, a par disso a orientação vocacional pode ser uma excelente aposta.

Preparámos um guia com todas as informações essenciais sobre este tema, para que possa ajudar os seus filhos nessa fase de transição.

Orientação vocacional: Tudo o que precisa saber sobre este tema

A adolescência é uma fase da vida na qual passamos por muitas mudanças significativas. Não só no que diz respeito ao corpo, mas também à mente. A par disso cria-se uma maior consciência da sua identidade e papel na sociedade.

Esse amadurecimento vem acompanhado de uma escolha importantíssima e que vai guiar todo o futuro destes jovens. Estamos a falar da escolha da profissão. Porém, uma decisão tão séria só pode vir rodeada de muitas dúvidas e questões.

É aí que entra a orientação vocacional, como instrumento de auxílio para estes jovens que se encontram diante deste dilema.

Através de um trabalho que se pode desenvolver durante toda a fase escolar, a orientação vocacional não deve ser entendida como um meio determinante para uma profissão. A mesma deve ser considerada um guia para a autodescoberta.

Quem é e como trabalha um orientador vocacional?

Na verdade, a orientação vocacional é um processo que envolve não só um profissional, mas um conjunto de pessoas como professores, educadores e psicólogos. Além claro está dos próprios pais.

Este trabalho mútuo visa promover o autoconhecimento, desenvolvimento de aptidões, pensamento crítico e incentivo para a exploração de novas habilidades e competências.

Portanto, o trabalho destes profissionais não é apontar para esta ou aquela profissão. O objetivo é tornar os jovens conscientes das suas afinidades para que por si mesmos consigam encontrar o melhor caminho.

É importante ter em mente que essa escolha é influenciada por diversos fatores, inclusive sociais, culturais, familiares e económicos. Respeitar estes fatores é crucial para que a decisão seja bem guiada.

E qual o papel dos pais na orientação vocacional?

Os pais têm um papel fundamental nessa fase dos filhos. Porém é preciso ter cuidado com a maneira com que este papel é desempenhado. Isso porque muitos pais acabam por tomar a decisão pelos filhos.

Seja de forma direta, determinando qual ou quais são as profissões que os filhos devem escolher. Ou indiretamente através de uma influência exagerada e muitas vezes não intencional, por acharem que sabem o que é melhor.

Este tipo de comportamento atinge de forma negativa o processo de decisão dos jovens. Isso porque além de terem que lidar com a pressão natural das circunstâncias, também precisam enfrentar a interferência dos pais.

É importante sim que haja participação ativa dos pais na orientação vocacional dos filhos. Mas, esta deve ser na forma de diálogo e ações que auxiliam de forma construtiva a escolha da vocação.

Portanto, a orientação vocacional pode ser uma ferramenta extremamente positiva na vida dos jovens, de modo a que alivia um pouco da pressão e angústia causada pelas dúvidas e pela indecisão.

Neste momento tão delicado da vida, os jovens precisam mais do que nunca de pessoas que os ajudem a fortalecer a autoconfiança. Só assim as decisões vão ser tomadas de forma assertiva e consciente.